Temos um problema!

22:10 A papaqueijo 0 Comments

Não me bastava já, ter 29 anos, ou o mesmo que dizer quase, quase 30, vêm-me agora um problema de dimensões astronómicas sentar-se-me ao colo. 
Dizem os exames que fiz à dias, que tenho colesterol no limiar de alto risco, isto é, acima de 200 mg/dL. 
Não sou hipocondríaca, isso não sou, pelo menos não era, até 4 dias atrás. Mas ora vejamos, entro nos quase quase 30 e logo a primeira notícia que recebo é: colesterol elevado, coincidência é? Mas ora isso não é doença de velhos!?
Com 29 anos vou ter que passar a comer peixinho cozido e assados ao invés dos fritos, evitar molhos, reduzir no queijo (e aqui pará tudo... isto é que nunca na vida, prefiro colesterol para todo o sempre do que deixar de comer queijo, é que eu sem queijo é o mesmo que ser humano sem oxigénio e sobre isto tenho dito). E a comida da malta nova (como eu ainda me sinto)? Para quando o Mc Donalds, as pizzas e lasanhas? Ou vou para os copos com os amigos e enquanto eles se lambuzam com uma francezinha eu vou ter que ficar ao lado a comer robalo cozido com legumes salteados?

Não sei que faça, é um problema sim. Pelo menos até prova em contrário. Sim, porque já me passou pela cabeça, que estes resultados tenham sido forjados, pela técnica do laboratório. Eu bem que devia pedir contra-análises (e nada que não esteja fora de questão). 
Sinto-me forjada, mesmo. E eu que até achei tão simpáticos aqueles técnicos de laboratório. Todos cheios de atenção para aqui e para acolá, quando lá fui, doar o meu o meu sangue e o meu xixi. Vai-se a ver e afinal, estavam mas é a chamar-me de: Ó gorda, anda cá que já vais ver! Vais levar com uma dose extra de colesterol e em dois tempos perdes essas banhas que trazes aí ao dependuro. 

Como não bastasse este meu infortúnio, tenho o meu pai todos os dias a chincar-me: É hoje que vais jantar com o teu avô? A tua avó faz-lhe uns pratos sem sal e desenxabidos, devias comer com ele. 


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